Uma mulher está sendo acusada de dopar seu ex-marido com medicamentos controlados por pelo menos dois anos, com o objetivo de obter sua fortuna, estimada em R$ 50 milhões. Elimara de Carvalho, de 55 anos, está sendo julgada em São José dos Campos (SP), a cerca de 90 quilômetros da capital paulista. Ela foi casada por 27 anos com seu primo, Benedito Amaral, que faleceu em setembro de 2023.

Benedito acumulou sua riqueza ao ser enviado ao Iraque na década de 1980 para treinar as tropas de Saddam Hussein no manuseio de tanques de guerra brasileiros. De acordo com seu filho, Fabricio Camargo, ele recebia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil mensais, com um adicional de 350% por risco de vida. Após retornar do Oriente Médio, Benedito abriu um negócio de venda de veículos e investiu em imóveis, conforme reportado pelo programa “Domingo Espetacular”, da TV Record.

Durante dois anos, a família de Benedito tentou alertar as autoridades sobre o comportamento de Elimara, mas as investigações não foram iniciadas por falta de provas. A situação mudou quando uma amiga de Elimara revelou mensagens em que ela confessava ter “tomado” a fortuna de Benedito e usado o dinheiro para viver luxuosamente com um amante.

Benedito e Elimara se separaram em 2017, dividindo o patrimônio igualmente, mas continuaram a ter um relacionamento. Em 2022, Benedito ligou para o filho pedindo ajuda; quando Fabricio chegou, o encontrou em um estado grave, delirando e vestido com uma fralda. Ele foi hospitalizado por um mês, e duas cuidadoras contratadas por Elimara teriam administrado medicamentos controlados.

As acusações afirmam que Elimara obteve dinheiro do marido enquanto ele estava dopado. Em um dos áudios enviados para sua amiga, Elimara disse: “Vou pedir para ele assinar o contrato. Ele já não está nem escrevendo, mas eu levo ele no cartório e ele reconhece a firma dele.” Em outras mensagens, ela alegou ter sido agredida por Benedito: “Ele me jogava no chão, esfregava minha cara, dava chute… Se eu não tivesse raiva dele, eu não tiraria tudo que tirei dele.”

A defesa de Elimara nega as acusações e afirma que sua inocência será comprovada.

 

 

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