Circula nos bastidores da política, a informação de que nos próximos dias o genro, a sogra e a esposa de David Almeida poderão ser presos por supostos desvios de dinheiro e contratos superfaturados.
O prefeito de Manaus, David Almeida, candidato à reeleição pelo Avante, negou irregularidades relacionadas aos pagamentos feitos à sua sogra e noiva por empresas com contratos milionários com a Prefeitura. A polêmica ganhou destaque após a imprensa nacional noticiar que Lidiane Fontenelle, mãe de Isabelle Fontenelle, noiva do prefeito, recebeu cerca de R$ 120 mil de uma construtora com contrato de aproximadamente R$ 65 milhões com a Prefeitura.
David Almeida afirmou que os pagamentos se referem à prestação de serviços à iniciativa privada, sem envolvimento direto da administração municipal. A declaração foi dada durante uma sabatina na BandNews Amazônia. Almeida também foi questionado sobre contratos envolvendo familiares de seu genro e reiterou não ter vínculos com os citados.
O prefeito, além de abordar temas como a recuperação das ruas de Manaus, prometeu cumprir a meta de 10 mil ruas asfaltadas até o fim do ano, apesar de o número atual estar em 3 mil. Ele atribuiu o atraso a questões políticas e a impasses no empréstimo solicitado à Câmara Municipal.
A administração de David Almeida também enfrenta controvérsias relacionadas a contratos rescindidos com a Leo Rent a Car, empresa que pagou R$ 100 mil à noiva do prefeito e que recebeu R$ 25,9 milhões da Prefeitura entre 2021 e 2024. Os contratos, no valor de R$ 9,6 milhões e R$ 12,9 milhões, foram encerrados de forma “amigável” e envolviam o aluguel de ônibus para a Secretaria Municipal de Educação, gerida pela irmã do prefeito, Dulce Almeida.
Outras empresas ligadas à Prefeitura também realizaram pagamentos à noiva do prefeito. Entre elas, a Ouro Preto Conservação e Limpeza, que transferiu R$ 80 mil para a empresa de Isabelle e recebeu mais de R$ 95 milhões da Prefeitura desde 2021. A Ouro Preto foi investigada por supostamente servir de depósito para cestas básicas usadas com fins eleitoreiros.
Por fim, David Almeida criticou atrasos nos repasses estaduais e prometeu melhorias na mobilidade urbana de Manaus, reafirmando seu compromisso com a infraestrutura da cidade.
O caso recente envolvendo o prefeito de Aporé, Hailton Gomes da Pena, preso junto com familiares por crimes de peculato relacionados ao desvio de combustível, serve de alerta para o prefeito de Manaus, David Almeida. Assim como em Aporé, onde familiares ocupavam cargos estratégicos na administração municipal, em Manaus há suspeitas de pagamentos feitos à noiva e à sogra de Almeida por empresas com contratos milionários com a Prefeitura.
Até o término das eleições ninguém pode ser preso, pois desde o dia 1º de outubro, nenhum eleitor pode ser preso no Brasil, exceto em casos de flagrante ou em situações previstas em lei. Essa regra, que faz parte do Código Eleitoral, visa proteger o direito ao voto e garantir que o processo eleitoral ocorra sem interferências.
Ou seja, a família do atual prefeito não pode ser presa até o término do pleito.
A norma estabelece que eleitores não podem ser detidos desde cinco dias antes da eleição até 48 horas após a votação, prazo que termina em 8 de outubro. As eleições para prefeitos e vereadores estão marcadas para 6 de outubro, com o segundo turno, onde houver, previsto para 27 de outubro.
