Presidente Jair Bolsonaro participa da solenidade Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica e ao MECPlace - Ecossistema de Inovação e Soluções Digitais Educacionais, acompanhado pelo ministros Paulo Sérgio (Defesa), Victor Godoy (Educação), Michelle Bolsonaro, senador Fernando Collor. | Sérgio Lima/Poder360 20.jun.2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, após este afirmar que não existe “imunidade absoluta” para parlamentares, em resposta às declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na última quarta-feira (4). A crítica de Bolsonaro foi publicada na rede social X nesta quinta-feira (5).

“O que faltava: o Diretor-Geral da PF agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao Presidente da Câmara o que é imunidade parlamentar, liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não dizer na tribuna”, escreveu o ex-presidente.

Sem citar diretamente o nome de Rodrigues, Bolsonaro acusou o chefe da PF de “intromissão em questões internas do Legislativo” e de “afrontar a palavra livre dos representantes do povo”. Ele também manifestou solidariedade a Lira e aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

A tensão ocorre após a Polícia Federal indiciar, no fim de novembro, os deputados Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva por críticas ao delegado Fábio Schor em discursos na Câmara. Schor atuou em inquéritos que investigaram o ex-presidente Bolsonaro, militares e políticos da oposição. Em resposta aos indiciamentos, Arthur Lira defendeu os parlamentares e afirmou que a Câmara usaria todos os meios para responsabilizar quem infringisse a imunidade parlamentar.

Andrei Rodrigues, no entanto, reforçou que não existe “imunidade absoluta” e garantiu que as investigações continuarão: “Atrapalhar, zero. Não vamos nos afastar um milímetro da Constituição e das leis. Isso guia nossas investigações e respostas ao sistema de justiça criminal.”

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