O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (12/12) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 3,5% em 2024, superando a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE), que estima 3,3%. A declaração foi feita durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão.
“Nós vamos ter um crescimento este ano de cerca de 3,5% do PIB, com a menor taxa de desemprego, a menor taxa de miséria e o menor número de ‘nem-nens’ da série histórica”, afirmou Haddad, referindo-se aos jovens que não estudam nem trabalham.
Após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que registrou alta de 0,9%, a SPE informou que revisará a projeção oficial do crescimento acumulado de 2024, o que pode alinhar os dados à estimativa antecipada pelo ministro.
Agradecimento ao Conselhão
Haddad também agradeceu ao Conselhão pelo apoio às medidas de contenção de gastos públicos, destacando sua importância para a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal. “Agradeço a este conselho por apoiar as medidas necessárias para que continuemos crescendo com baixa inflação”, disse.
Segundo o ministro, a revisão das despesas é crucial para recompor as contas públicas, que, em sua análise, foram “dilapidadas” ao longo da última década. Ele destacou a perda de 3% do PIB em receita primária desde 2010 e o aumento contínuo das despesas públicas.
Destaque para a Reforma Tributária
Haddad enfatizou os avanços na reforma tributária, destacando o papel do Congresso Nacional. “Uma reforma tributária pela qual tantos lutaram está se tornando realidade. Aprovar as regras que garantem e reforçam o marco fiscal é essencial para a sustentabilidade econômica”, declarou.
Ele ainda mencionou a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancione o texto da reforma até o final do ano, caso a Câmara dos Deputados aprove as mudanças propostas pelo Senado. O ministro concluiu destacando a possibilidade de o Brasil encerrar 2024 com “bons resultados” econômicos.
