O boletim médico mais recente de Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto ia para a casa de parentes no Natal, indica que ela está “sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis” e respirando sem ajuda de ventilação mecânica. O documento foi divulgado neste domingo (5).

Segundo os médicos, Juliana apresenta melhora progressiva, está lúcida e recuperando as funções cognitivas e motoras. Apesar disso, permanece em terapia intensiva, sem previsão de alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

A mãe da jovem, Deyse Rangel, relatou sinais de comunicação por parte de Juliana. “Hoje ela já estava se comunicando com os olhos, piscando para concordar, e até fez gestos com a boca. Pediu para tomar refrigerante, acredita?”, comentou emocionada.

Sobre o caso

Juliana e seus familiares estavam a caminho de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando o carro em que estavam foi atingido por tiros disparados por agentes da PRF. O pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, foi baleado na mão esquerda, enquanto a mãe, o irmão mais novo, a namorada dele e um cachorro saíram ilesos.

A PRF informou que a Corregedoria-Geral da corporação determinou a abertura de um procedimento interno para apurar o caso. Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de atividades operacionais.

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