
Neste Carnaval, um turista foi agredido no Rio de Janeiro após exibir tatuagens com símbolos nazistas. Incidentes como esse têm se tornado mais frequentes no Brasil, que registrou um aumento de 242% nos casos de apologia ao nazismo entre 2020 e 2024, conforme dados da Polícia Federal (PF).
Casos recentes de apologia ao nazismo
- Um estrangeiro foi agredido durante o desfile do bloco Marimbondo Não Respeita, no Rio de Janeiro, na tarde de segunda-feira (3/3).
- O turista exibia tatuagens com símbolos nazistas, como duas suásticas, Sol Negro e a sigla da Polícia do Estado da Alemanha nazista.
- A identidade e nacionalidade do homem não foram divulgadas.
Segundo informações fornecidas pela Polícia Federal ao Metrópoles, foram registradas 198 denúncias de apologia ao nazismo entre 2020 e 2024. O ano de 2023 teve o maior número de registros, com 82 ocorrências, seguido por 2024, com 65.
O crime é descrito na Lei nº 7.716, que pune quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
Em termos absolutos, o estado com mais casos foi São Paulo, com 59 registros, seguido por Rio Grande do Sul (27), Paraná (18) e Rio de Janeiro (15). Com exceção do Paraná, todos os estados tiveram um aumento significativo em 2023.
Apesar de uma queda em 2024, com 65 casos, os números ainda são alarmantes em comparação com 2020, quando apenas 19 registros foram feitos. O ano com menos ocorrências foi 2021, com 12.