
Entre janeiro e março deste ano, dois juízes auxiliares e um juiz instrutor deixaram o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), retornando ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Segundo uma fonte próxima ao ministro, ele já iniciou um processo seletivo para substituir os magistrados. Moraes não se manifestou sobre os motivos das mudanças.
Entre os dispensados está o desembargador Airton Vieira, que atuava como juiz instrutor e era um dos principais aliados de Moraes em processos criminais. No cargo desde 2018, Vieira esteve envolvido no caso revelado pela Folha de S.Paulo, que apontou o compartilhamento irregular de informações com Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Polícia Federal indiciou Tagliaferro nesta quarta-feira (2) por violação de sigilo funcional com dano à administração pública, concluindo que ele vazou mensagens com Vieira.
Também deixaram o gabinete de Moraes os juízes auxiliares Rogério Marrone de Castro Sampaio, que estava no STF desde 2018, e André Solomon Tudisco, nomeado em 2023. O único juiz mantido foi Rafael Tamai Rocha, da vara criminal do TJSP.
Moraes continuará com quatro juízes de apoio – três auxiliares e um instrutor –, sendo o único ministro do STF autorizado a ter esse número. Os demais podem contar com, no máximo, três magistrados, conforme a resolução da Corte.


