A esgrimista Stephanie Turner foi desclassificada nesta quarta-feira (30) de um torneio feminino realizado na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, após se recusar a enfrentar a atleta trans Redmond Sullivan. Ao entrar na pista, Turner se ajoelhou em protesto e anunciou que não participaria da disputa.

A árbitra aplicou o cartão preto, penalidade máxima que elimina a atleta da competição. De acordo com as regras da Federação Internacional de Esgrima (FIE), nenhum competidor pode se recusar a lutar contra um adversário legalmente inscrito.

Representante da Fencing Academy da Filadélfia, Turner afirmou que sua atitude foi um protesto contra a política adotada pela USA Fencing, que desde 2023 autoriza a participação de mulheres trans em torneios femininos. Segundo ela, as vozes das atletas mulheres estariam sendo ignoradas no debate.

Em nota, a USA Fencing confirmou que a desclassificação ocorreu exclusivamente pela recusa em competir e reforçou seu compromisso com a inclusão. A entidade afirmou ainda que poderá revisar suas diretrizes com base em novas evidências científicas.

O torneio não foi organizado pela NCAA, que em fevereiro anunciou restrições à participação de atletas trans em competições femininas, exigindo que sejam designadas mulheres ao nascer. A decisão seguiu uma ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump.

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