
Dois norte-americanos entraram com uma ação judicial contra a plataforma de conteúdo por assinatura OnlyFans, no final de março, alegando terem sido enganados por supostas modelos que, na verdade, seriam pessoas contratadas para se passar por elas nas mensagens diretas.
O processo, aberto no estado de Illinois (EUA), aponta que um dos autores começou a desconfiar da autenticidade das conversas após notar “erros de comunicação” e “respostas contraditórias” em relação a interações anteriores com a mesma conta.
A empresa não se pronunciou oficialmente sobre a ação.
A prática denunciada não é nova. Em 2022, o New York Times expôs a atuação de agências nos Estados Unidos, especialmente em Miami, que oferecem serviços como gestão de redes sociais, marketing digital e até mesmo o gerenciamento das mensagens trocadas com assinantes — onde funcionários se passam por modelos para manter os assinantes engajados e aumentar os lucros com gorjetas, vídeos e conteúdos exclusivos.
A acusação ressalta que, nesse tipo de prática, a própria plataforma se beneficia, já que retém 20% de cada transação realizada por meio do site.
Até junho de 2024, a página oficial do OnlyFans destacava que os criadores tinham liberdade para “promover relacionamentos autênticos com seus seguidores”. Em 2025, a descrição foi alterada. A nova versão diz apenas: “Damos aos criadores as ferramentas para controlar e monetizar seu conteúdo, e para aumentar sua base de fãs” — removendo a menção aos laços autênticos com o público.