A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem realizado viagens com passagens compradas em cima da hora, o que eleva os custos pagos com dinheiro público. Segundo levantamento da coluna de Andreza Matais, no site Metrópoles, com base no Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), 97% das passagens adquiridas para ela e seus assessores em voos comerciais foram emitidas com até 15 dias de antecedência — 140 de um total de 144.

No caso das viagens feitas exclusivamente por Janja, a situação é ainda mais crítica: não há registro de nenhuma passagem emitida com mais de nove dias de antecedência, nem mesmo para compromissos internacionais previstos com bastante tempo, como a 48ª sessão do FIDA, em Roma, ou a cúpula N4G, em Paris.

A prática encarece os deslocamentos, sobretudo em voos internacionais, como qualquer passageiro frequente pode constatar. O levantamento também inclui 12 servidores que acompanham a primeira-dama de maneira informal em eventos dentro e fora do país.

Como o Painel do MGI atualiza os dados com semanas de atraso, ainda não constam informações sobre a viagem mais recente de Janja à França, ocorrida entre os dias 4 e 9 de junho, quando esteve ao lado do presidente Lula (PT) em encontro com Emmanuel Macron. A última viagem listada oficialmente foi em março, também para Paris, com foco em ações voltadas à nutrição.

Procurada pela coluna, a assessoria da primeira-dama ainda não comentou o caso.

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