O youtuber Felca, com mais de 4 milhões de inscritos, usou sua grande audiência para denunciar um crime grave: a adultização precoce e a exploração sexual de crianças e adolescentes em conteúdos digitais com fins lucrativos.

Em vídeo detalhado de 49 minutos, Felca expõe como adultos — influenciadores e responsáveis — estimulam menores a produzir vídeos sexualizados, transformando a infância e adolescência em mercadoria. Ele destaca casos que chocam e que vêm ganhando espaço nas redes.

Um dos primeiros casos abordados é o do canal “Bel para Meninas”, onde uma mãe expunha a própria filha em situações vexatórias para obter ganhos financeiros. A repercussão gerou mobilização nas redes e a remoção dos vídeos.

Felca também denuncia o influenciador Hytalo Santos, responsável por reunir adolescentes em um “reality show” no qual os menores aparecem dançando de forma sexualizada, vestindo roupas indecentes, discutindo relacionamentos e protagonizando cenas íntimas. Entre os envolvidos está a jovem Kamylinha, que entrou no grupo aos 12 anos e teve sua adolescência marcada pela sexualização para fins de lucro. Imagens gravadas e divulgadas por Hytalo mostram a adolescente em cenas de conotação sexual, como danças sensuais e momentos íntimos com o namorado, atitudes estimuladas pelo próprio influenciador.

Outro caso grave é o de Caroliny Dreher, que começou a publicar vídeos dançando ainda no início da adolescência. A mãe da menina passou a incentivar conteúdos cada vez mais sexualizados, criando até contas “vips” para divulgar material explícito. Aos 14 anos, Caroliny já recebia centenas de mensagens de homens adultos pedindo fotos e vídeos, alguns com teor sexual explícito. Segundo Felca, vídeos que mostram a menina em banhos ou escrevendo nomes de homens em seu corpo circularam amplamente, evidenciando o abuso de confiança e a falta de proteção por parte da família.

 

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