
Na última segunda-feira (25), durante um debate sobre migração na Câmara de Joinville, o vereador Mateus Batista (União Brasil) provocou polêmica ao se referir ao estado do Pará como “um lixo” ao comentar o aumento de pessoas vindas de outras regiões do país. A declaração foi alvo de críticas de parlamentares e internautas, que a classificaram como preconceituosa.
A vereadora Vanessa da Rosa (PT) reagiu imediatamente, chamando a fala de “criminosa” e “vergonhosa para o parlamento”. Em suas redes sociais, reforçou que “Joinville é uma cidade construída por migrantes e imigrantes e continuará acolhendo todos e todas que venham para cá”.
O vereador Pablo Farah (MDB), de Belém do Pará, também rebateu as declarações em vídeo, acusando Mateus Batista de “preconceituoso, racista e xenofóbico”. Segundo ele, o colega deveria se preocupar com a saúde e a segurança pública da cidade em vez de atacar migrantes.
Essa não é a primeira vez que o parlamentar protagoniza declarações polêmicas sobre o tema. Recentemente, afirmou que “Santa Catarina pode virar um grande favelão” caso o fluxo migratório de pessoas do Norte e Nordeste não seja “controlado”.
Como é a migração em Joinville
De acordo com o Censo 2022 do IBGE, 29,9% da população de Joinville nasceu fora de Santa Catarina, o que representa cerca de 185 mil moradores. A maioria vem do Paraná (11,7%), São Paulo (4,0%) e Rio Grande do Sul (3,2%). Já o Pará responde por 2,0% do total, com aproximadamente 12,1 mil residentes — número ainda pequeno diante dos mais de 616 mil habitantes do município, embora em crescimento em relação a 2010.