Em mais um capítulo da gestão contestada do prefeito David Almeida, o abandono das covas onde estão sepultadas as vítimas da Covid-19, no Cemitério Parque Tarumã, virou alvo de críticas e investigação. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou um inquérito para apurar as condições de limpeza e manutenção do local.

A portaria de instauração aponta que a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) foi questionada sobre as denúncias, mas não apresentou resposta. Diante da omissão, o MP determinou a investigação por “violação à dignidade humana e ao direito ao sepultamento adequado”, especialmente na área destinada às vítimas da pandemia.

As denúncias não são recentes. Túmulos tomados pelo mato, sepulturas sem identificação, lixo espalhado e caminhos bloqueados pela vegetação já haviam sido registrados anteriormente, revelando falhas de planejamento e descaso na manutenção.

Apesar da situação, recursos não têm faltado. Em setembro de 2023, a Semulsp assinou contrato de R$ 24,5 milhões com a empresa Magalhães Construções e Serviços Especializados Ltda. para a construção de um cemitério vertical no Tarumã, dentro do Cemitério Nossa Senhora Aparecida — decisão que reforça questionamentos sobre as prioridades da atual gestão.

 

CONTRATO-CEMITERIO-VERTICAL-1

DiarioOficialMPAM-2025-08-29

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