O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa nesta terça-feira (11) 100 dias em prisão domiciliar, medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 4 de agosto. A decisão foi motivada pelo suposto descumprimento de medidas cautelares no inquérito que investiga ações de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a soberania nacional.

Apesar disso, o ex-presidente ainda não foi formalmente citado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que levou sua defesa a pedir a revogação da domiciliar — negada por Moraes.

O ministro determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento de celulares na casa do ex-presidente, ao entender que ele violou restrições ao permitir a divulgação de vídeos e mensagens em perfis de familiares e aliados.

Para Moraes, as postagens traziam “incentivo e instigação a ataques ao STF” e “apoio a intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro”.

Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro criticou a medida:

“Faz 100 dias que o maior líder político do Brasil está preso e censurado sem acusação ou sentença. O sistema quer calar Jair Bolsonaro, porque sabe que ele é o nome mais forte para 2026”, escreveu.

A defesa segue tentando reverter a decisão no Supremo, sem sucesso até o momento.

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