
Durante manifestação nesta quinta-feira (20), professores realizaram um “panelaço” durante a inauguração da roda-gigante no complexo turístico da Ponta Negra, zona oeste de Manaus. O ato foi marcado por críticas ao prefeito David Almeida e ao Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 8/2025, chamado pelos servidores de “PL da Morte”. Entre os cartazes e palavras de ordem, uma frase se destacou: “David, quanto custou essa tua rodinha?”.
Com panelas e faixas, os educadores reivindicaram uma “aposentadoria justa” e afirmaram que “vão derrubar a candidatura do David”.
Agentes do IMMU acompanharam a manifestação e, segundo os professores, tentaram retirar o carro de som. Para impedir a remoção, parte dos manifestantes formou uma corrente humana. Mais de mil pessoas participaram do protesto.
“Eu tenho direito de me aposentar. Enquanto eu viver, vou lutar pelo direito de me aposentar e cuidar do meu filho autista”, disse a professora Helena Brandão.
O coordenador jurídico da Aspron Sindical, Lambert Melo, afirmou que a greve é um recado à população manauara:
“Hoje viemos dar um recado à sociedade e dizer que esse prefeito, que condena servidores a trabalharem até morrer, agora quer ser governador. Não podemos permitir, porque fará a mesma maldade no Estado.”
Uma assembleia será realizada nesta sexta-feira (21), no bairro Cidade Nova, para definir os próximos passos da greve.
O PLC nº 8/2025 muda as regras de aposentadoria para servidores que ingressaram no serviço público municipal após 31 de dezembro de 2003. Para a AspronSindical, o projeto ameaça conquistas históricas, altera planos de cargos e salários e impõe normas que precarizam o trabalho de professores e pedagogos — motivo pelo qual foi apelidado de “Projeto da Morte” pela categoria.


