Na última quinta-feira (20), mesmo após o incêndio que suspendeu temporariamente as atividades da COP30, em Belém (PA), Vanuatu e representantes da ONU mantiveram a agenda e assinaram, dentro de uma padaria da cidade, um acordo para ampliar a transparência dos relatórios de conformidade ao Acordo de Paris.

O ministro da Mudança Climática de Vanuatu, Davidson Gibson, oficializou o pacto ao lado de um representante do escritório da ONU para projetos e serviços. O objetivo é aprimorar a divulgação das metas climáticas e fortalecer o monitoramento das ações do país insular, segundo a revista Exame.

“Este é um projeto que começa ainda neste mês para implementar o NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), recentemente lançado na COP30”, afirmou Alissa Benchimol, gerente de projetos do Greenhouse Gas Management Institute. “Normalmente, esta cerimônia seria realizada dentro da conferência, mas agora está acontecendo aqui na padaria.”

Formado por mais de 80 ilhas e localizado a cerca de 2 mil km a leste da Austrália, Vanuatu é um dos países mais vulneráveis a desastres naturais. Relatórios oficiais mostram que o nível do mar na região sobe cerca de 6 mm por ano, dado recorrente em debates internacionais.

Mais de 70 países já firmaram acordos

Desde 2018, a Initiative for Climate Action Transparency, da ONU, estabelece acordos para financiar projetos de transparência em relatórios climáticos, com vigência prevista até 2030. De acordo com Alissa, mais de 74 países já aderiram.

Ela explicou que o Greenhouse Gas Management Institute executa parte dessas ações, oferecendo assistência técnica a nações e agências internacionais. Embora valores não tenham sido divulgados, este é o segundo projeto conjunto entre Vanuatu e a ONU. “Já concluímos a fase 1, que aprimorou o inventário climático de Vanuatu, e agora seguimos para a fase 2, dedicada à implementação do NDC”, destacou.

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