
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira (2.dez.2025) que integrantes do Judiciário não devem “ter vergonha de defender uma remuneração mais digna”. Para ele, a defesa de benefícios por tempo de serviço não é “corporativismo”, mas uma garantia de segurança institucional.
Moraes foi aplaudido por uma plateia formada majoritariamente por juízes e operadores do direito durante o 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário. O ministro recebe R$ 46.366,19, teto constitucional que serve de referência para toda a magistratura.
A maioria dos magistrados recebe adicionais que elevam os vencimentos e criam o fenômeno dos supersalários. Segundo levantamento do Poder360, 75,4% dos juízes brasileiros ganham o suficiente para integrar o topo do 1% mais rico do país.
No discurso, Moraes defendeu remunerações mais altas para evitar a perda de quadros qualificados para outros órgãos do Estado. Ele voltou a pedir a retomada do adicional por tempo de serviço. “Foi um erro acabar com isso. Não é possível que alguém que ingresse ganhe o mesmo que alguém com 40 anos de carreira ou que aposentados tenham uma redução significativa nos vencimentos”, declarou.


