Em mais um pregão marcado por forte instabilidade, o dólar rompeu a barreira de R$ 5,50 nesta quarta-feira (17) pela primeira vez desde outubro e atingiu o maior patamar desde o início de agosto. A bolsa de valores voltou a recuar e se aproximou dos 157 mil pontos.

O dólar comercial fechou vendido a R$ 5,522, com alta de R$ 0,06 (+1,09%). A moeda operou em alta durante toda a sessão e chegou a R$ 5,53 na máxima do dia, registrada no início da tarde.

Esta foi a quarta alta consecutiva da moeda norte-americana, que acumula valorização de 3,5% em dezembro. No acumulado de 2025, no entanto, o dólar ainda registra queda de 10,63%.

O mercado acionário também teve um dia negativo. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou aos 157.327 pontos, em baixa de 0,79%, registrando a segunda queda seguida.

O movimento foi influenciado por fatores externos e internos. No cenário internacional, o dólar apresentou leve fortalecimento frente a outras moedas após dados de emprego nos Estados Unidos acima do esperado em novembro, o que aumentou as incertezas sobre o ritmo de corte de juros pelo Federal Reserve.

No Brasil, o ambiente político e econômico teve peso maior sobre os ativos. As articulações em torno das pré-candidaturas à Presidência da República e a indefinição sobre o início do ciclo de queda da Taxa Selic pressionaram o mercado.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (16), não sinalizou quando o Banco Central começará a reduzir os juros básicos, o que mantém os juros elevados e incentiva a migração de recursos da bolsa para a renda fixa.

No câmbio, a demanda por dólares também foi impulsionada pelas remessas de lucros de empresas estrangeiras ao exterior, movimento típico de fim de ano, que contribui para a pressão sobre a cotação.

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