
No último sábado (20), Drucila Moraes, funcionária do Sindicato dos Policiais Civis do Amazonas (Sinpol-AM), registrou um Boletim de Ocorrência contra o presidente da entidade, Jaime Lopes, por assédio moral, perseguição, ameaças e violência psicológica no ambiente de trabalho. O caso está sob investigação policial e judicial.
No registro, a funcionária relata que Jaime Lopes, que ocupa cargo de superior hierárquico, adota de forma reiterada condutas intimidatórias dentro do sindicato. Entre as práticas descritas estão ameaças de agressão física, acusações infundadas de subtração de documentos, cobranças excessivas acompanhadas de gritos diante de outros funcionários e constrangimentos públicos frequentes.
Segundo o BO, os episódios se intensificaram na última segunda-feira (13), durante uma reunião realizada na sala da presidência do Sinpol-AM. Na ocasião, Drucila afirma que foi acusada de estar com documentos que não deveria, passou a ser hostilizada verbalmente e presenciou um momento de forte exaltação por parte de Jaime Lopes.
Ainda conforme o relato, o presidente do sindicato teria arremessado um copo em sua direção. Ao tentar se proteger, a funcionária acabou ferida na mão. A vítima afirma que a agressão só não foi mais grave porque outra funcionária interveio para conter Jaime.
Após o episódio, Drucila informou que não se sente segura para retornar ao trabalho. O caso foi encaminhado à Justiça, que analisou o pedido de medidas protetivas. Embora o magistrado tenha entendido que a situação não se enquadra na Lei Maria da Penha por se tratar de relação estritamente profissional, a Justiça reconheceu a gravidade dos fatos narrados e determinou a aplicação de medida cautelar, proibindo Jaime Lopes de manter qualquer tipo de contato com a funcionária, por qualquer meio. O descumprimento pode resultar em medidas mais severas, inclusive prisão preventiva.
Histórico negativo de 2022
Não é a primeira vez que Jaime Lopes se envolve em episódios de violência. Em 2022, o presidente do Sinpol-AM foi preso em flagrante após agredir uma mulher em um bar localizado no bairro Adrianópolis, na zona centro-sul de Manaus.
Na ocasião, a polícia foi acionada após denúncia de agressão dentro do estabelecimento. Testemunhas relataram que Jaime se recusou a colaborar com os seguranças, confrontou funcionários do local e resistiu à abordagem policial. Durante a intervenção, apresentava sinais de embriaguez, danificou o colete de um policial e precisou ser contido.
Ele foi encaminhado ao 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi autuado por desacato, ameaça e desordem, sendo liberado após os procedimentos legais.


