O influenciador Hytalo Santos enviou uma carta a Kamylinha, que compartilhou o conteúdo em suas redes sociais na noite de domingo (21). Na mensagem, Hytalo manifesta revolta ao descobrir que passará o Natal e o Ano Novo preso. Ele e o marido, Euro, estão detidos desde agosto deste ano em um presídio na Paraíba.

“Vocês já devem saber que nosso Natal e Ano Novo será atrás das grades. A data de estar junto de quem amamos nos foi tirada. Recebemos a notícia na sexta-feira e foi surpresa”, escreveu Hytalo.

O influenciador criticou a lentidão da Justiça e questionou a força das provas apresentadas pelo Ministério Público da Paraíba: “Os prazos para as decisões estão atrasados, as provas continuam sendo os stories postados por mim, as roupas, músicas e cirurgias plásticas das crias. As emancipações por lei eram para valer, mas não valem nada; os depoimentos favoráveis a nós talvez não sejam levados em conta”.

Hytalo afirmou que a prisão não se trata de crime, mas de exposição midiática: “Não é mais sobre crime. Minha conduta e vida exposta com as crias pode não ser moralmente aceita por alguns, mas crime também não é; se fosse, eu estaria preso desde 2020. Virou crime depois da mídia, entende?”

Ele também criticou o tratamento desigual da lei: “Se fosse lei para todos, quem fez igual não caberia nos presídios. Se fosse pela causa, seria uma maravilha; me chamem, estou disposto a somar. Mas não é”.

Hytalo comentou sobre a influência da mídia e da política na cultura do Brega Funk: “Alô galera do Brega Funk, alô Brasil, acordem. Começaram me prendendo, agora proibindo shows de brega, regulamentando redes sociais de forma seletiva e ditando o que é cultural ou não”.

Ele também expressou frustração sobre não poder se defender: “Não será novidade me condenarem e nos proibirem de falar mesmo sendo inocentes e sem provas; vão criar algo para justificar tudo isso”.

Relembre o caso

Hytalo Santos e Euro foram presos em agosto deste ano, investigados por tráfico humano e exploração sexual infantil. As prisões ocorreram após vazamento de informações sigilosas e execução de ações civis que poderiam comprometer a investigação, segundo o Ministério Público da Paraíba.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Em uma das residências de Hytalo, a polícia não encontrou ninguém e nenhum material foi apreendido. O novo mandado solicitava a retenção de documentos, contratos, anotações e valores acima de R$ 10 mil.

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