Brasil – Se a rejeição a Bolsonaro só faz crescer também dentro do Brasil, fora dele é ainda maior, não só entre brasileiros que vivem no exterior como também entre estrangeiros, que enxergam no presidente brasileiro um dos líderes mundiais mais abomináveis do mundo. E no dia 28 de junho essa rejeição irá se manifestar conjuntamente em dezenas de cidades pelo mundo, em ao menos 20 países diferentes, no grande evento chamado “Stop Bolsonaro Mundial”.
O ato surge da iniciativa de duas amigas brasileiras que moram na Europa: Erica Caminha (de Munique, na Alemanha) e Marcia Nunes (Amsterdam, Holanda). “A ideia surgiu em fevereiro, eu conversei com a Marcia que é da Fibra (Frente Internacional de Brasileiros contra o Golpe), ela topou na hora e já começamos a articular com diversas organizações, na Europa, em outros continentes e no Brasil também”, explica a Erica Caminha.
A proposta de um evento contra Bolsonaro fora do Brasil mobilizou muita gente, especialmente entre os brasileiros que moram na Europa, mas a chegada da pandemia no Velho Continente atrasou um pouco a realização do evento.
“Veio o covid, muitos países em quarentena, e tivemos que ir empurrando o evento. Mas acho que agora ele chega em um momento ideal. Nós reativamos as conversas há cerca de três semanas, a partir de um sentimento comum de que este governo já está insuportável, com uma política genocida, então decidimos fazer marcar para este dia 28, e rapidamente as pessoas aderiram, porque acho que o sentimento de repúdio a esse personagem realmente mobiliza as pessoas”, comenta Erica.
Em três semanas, Erica e Marcia conseguiram a adesão de grupos de brasileiros e organizações civis em ao menos 52 diferentes cidades do mundo comprometidas com participar da mobilização, que estão se contactando através das redes sociais. O Stop Bolsonaro Mundial terá manifestos nas ruas, em algumas cidades, e manifestos virtuais também, dependendo da realidade que cada país e cidade participantes vive atualmente com relação à pandemia de covid-19.
“Estamos pensando em ideias inovadoras a respeito de mobilização virtual, para não deixar ninguém de fora, porque temos muita gente querendo participar, e queremos que todo mundo possa estar de uma forma segura, mesmo entre os que puderem ir às ruas”, conta Erica Caminha.


