Amazonas – O retorno às aulas presenciais nas redes pública e particular de ensino não representou aumento significativo de casos do novo coronavírus (Covid-19), no Amazonas. Durante reunião com os poderes e representantes de classe, nesta sexta-feira (11/09), a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto, apresentou a situação epidemiológica atual do estado e reforçou que, se respeitadas as medidas de segurança nas escolas, a volta às aulas não oferece riscos à saúde de alunos e professores.
“A nossa análise de dados demonstra que nós não tivemos, até agora, impacto sobre a saúde dos estudantes com a reabertura das aulas do Ensino Médio, pela rede estadual. Temos detectado 28% de positividade, mais de 5 mil professores testados, sendo que cerca de 90% desses casos são em professores que tiveram a doença nos meses de abril, maio e junho, durante o auge da pandemia”, ressaltou Rosemary Pinto.
“Os casos de IgG e IgM positivos estão sendo acompanhados de perto, e todas as escolas estão passando por um monitoramento rigoroso, o que garante que não está havendo nenhum surto na comunidade escolar, nas escolas estaduais”, acrescentou a diretora-presidente da FVS-AM.
De acordo com os dados apresentados durante a reunião, o Amazonas registrou, na última semana, uma redução de 14% nos casos de Covid-19. Somente no interior a desaceleração foi de 22%. Contudo, a capital apresentou aumento de 2% na quantidade de casos, no mesmo período.
“Os nossos dados demonstram um pequeno aumento no número de casos, principalmente depois de semanas em que a curva de casos era descendente e a investigação epidemiológica demonstra que as pessoas que estão adoecendo, sendo internadas, algumas na UTI, depois de se exporem em aglomerações, principalmente em ambientes de recreação. O aumento desses casos que estamos vendo hoje não se deve à reabertura das escolas”, enfatizou Rosemary Pinto.
Ainda segundo a Fundação de Vigilância em Saúde, a média móvel dos casos de Covid-19, nos últimos 14 dias, foi de -10% no estado, -16% no interior e -0,2% na capital.