AMAZONAS – O império da família Oliveira frente ao Sindicato dos Rodoviários de Manaus parece estar com os dias contados. Os irmãos Oliveira comandam o sindicato por mais de duas décadas. Tendo em suas mãos o controle de uma das entidades sindicais mais ricas do estado. Cabe relembrar que a família Oliveira já foi condenada a devolver R$ 27,9 milhões aos cofres do Sindicato.

Nesta terça-feira, uma nova decisão da Justiça amazonense contra o clã Oliveira foi proferida pelo juiz ucas Pasquali Vieira, substituto da 2ª Vara do Trabalho de Manaus. A sentença de Pasquali é mais um capítulo do processo que se desenrola desde de 2014, quando Givancir contestou a sentença milionária. Na época, ele alegou que não presidia o sindicato no período de 2009 a 2013. O sindicato também opôs embargados, alegando uma série de irregularidades da Justiça trabalhista.

Pasquali diz na decisão que Givancir tinha, sim, o dever de prestar constas. “Porém, reconhecer a ilegitimidade passiva do embargante violaria a autoridade da coisa julgada formalizada no acórdão primeiro que reconheceu o dever do embargante de prestar contas. Diante do exposto, julgo improcedentes os pedidos nos embargos de declaração”.

Ainda sobre os embargos, o magistrado entendeu que o recurso tentou discutir o mérito da matéria, “o que não é possível por meio de embargos de declaração”. Segundo o advogado que acompanha o processo, a tramitação se encaminha para o fim, com o quase certo afastamento dos irmãos Oliveiras do Sindicato de forma definitiva.

Outros escândalos

Em 2020, o Ministério Público amazonense ofereceu denúncia contra o sindicalista Givancir de Oliveira Silva pelo homicídio de Bruno de Freitas Guimarães e pela tentativa de homicídio de Dhelisson dos Santos Freitas, ambos os crimes duplamente qualificados, por motivo torpe e pela impossibilidade de defesa das vítimas. Os crimes foram praticados em Iranduba. Além disso, pesam nas costas do sindicalista acusações de estupro contra menores.

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