Manaus – A professora Carla Castro, da rede municipal de ensino de Manaus, enfrenta um drama desde o último dia 19 de março, quando foi vítima de um grave acidente de trânsito na Rua Belo Horizonte, bairro Compensa, zona Oeste da capital amazonense.

Segundo relatos, Carla pilotava sua motocicleta modelo Honda Biz quando foi atingida por outra motocicleta. Com o impacto, a educadora caiu na via e acabou sendo atropelada por um ônibus que trafegava na mesma rua. Desde então, está internada em estado delicado, necessitando de cirurgias e medicamentos de alto custo.

Os familiares de Carla procuraram apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), mas, de acordo com eles, ouviram do secretário Valquindar Mar Júnior, conhecido como “Júnior Mar”, que nada poderia ser feito em relação ao caso.

Além da dor e da apreensão, a família enfrenta dificuldades financeiras. Os salários de Carla estariam atrasados e a educadora ainda não recebeu o abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Sem recursos, os parentes organizam uma vaquinha online para arcar com os custos do tratamento.

Link para doações: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vaquinha-da-carla

Carla passou por cirurgia e teve oito costelas fraturadas, além de diversas complicações. Os familiares denunciam o descaso das autoridades e pedem ajuda da população.

Categoria se mobiliza por melhorias

O caso de Carla se soma a um cenário de insatisfação geral entre os profissionais da educação em Manaus. O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Escolas Públicas (ASPROM/Sindical) anunciou a possibilidade de paralisação das atividades.

A categoria exige um reajuste salarial de 10%, 100% de aumento no auxílio-alimentação e a retomada da gratificação de prática docente incorporada ao vencimento básico, com reajuste de 30%. Além disso, reivindicam a manutenção do auxílio-transporte para professores com mais de 60 anos, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a realização de eleições diretas para diretores escolares.

A insatisfação também é alimentada pela ausência de pagamento do abono Fundeb em 2025 e pela falta de um reajuste digno aos educadores, o que pode culminar em uma greve geral da categoria.

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