Brasil – A Polícia Civil da Bahía procura um adolescente de 16 anos que é suspeito de ter participado de um homicídio motivado por homofobia, no município de Luis Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado. Guilherme de Souza, de 21 anos, voltava para casa, na noite do último domingo, quando foi apedrejado e teve o corpo queimado. O outro suspeito, de 14 anos, foi apreendido e confessou o crime.

À polícia, o jovem apreendido disse que havia sido assediado pela vítima na semana passada, mas que “não gostava de homossexuais”. No domingo, ele e o outro suspeito, de 16 anos, abordaram Guilherme, que voltava para casa, no bairro Conquista.

— Ele declarou em depoimento que não gostava de homossexuais. Disse que deu uma voadora na vítima e, sem seguida, os dois deram pedradas. Ainda estamos apurando se houve premeditação — explicou o delegado Rivaldo Luz, coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras) e responsável pelo caso.

Depois das agressões, Guilherme foi arrastado para uma casa abandonada nas proximidades, onde o adolescente de 14 anos ateou fogo à vítima. A perícia vai determinar se nesse momento o rapaz ainda estava vivo.

— A vítima, com certeza, estava desacordada. Mas não temos como saber se ele estava vivo ou morto sem ter o laudo em mãos — declarou Rivaldo Luz.

Ainda de acordo com o delegado, diligências estão sendo realizadas para apurar mais detalhes sobre o crime, já que há testemunhas da agressão.

O adolescente apreendido será transferido, no próximo domingo, para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Salvador.

Por ser menor de idade, o rapaz não será preso, mas deve receber medidas socioeducativas. Ele não tem antecedentes, mas teria envolvimento com o tráfico na região.

Artigo anteriorSociedade de Infectologia diz que cloroquina ‘deve ser abandonada’ no tratamento da covid-19
Próximo artigoEx-mulher de Bolsonaro pagou parte de 14 imóveis em dinheiro vivo