Manaus – O procurador de Justiça Carlos Lélio Ferreira se mostrou a favor de levar Alejandro e Paola Valeiko, filhos da esposa de Arthur Neto, Elisabeth Valeiko, ao Tribunal do Júri por envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues.

Os irmãos são acusados, juntamente com Elizeu da Paz, Mayc Vinícius Parede e José Edvandro Júnior, na participação na morte do engenheiro, assassinado em setembro de 2019, que teve seu corpo encontrado com golpes de faca no bairro Tarumã, após participar de uma festa na casa de Alejandro.

No ano passado, a Justiça do Amazonas absolveu Paola Valeiko Molina e impronunciou Alejandro Molina Valeiko no processo que julga os acusados pela morte da vítima. Os demais envolvidos, Elizeu da Paz de Souza e Mayc Vinicius Teixeira Parede, serão levados a júri popular. Já José Edvandro Martins de Souza também foi absolvido.

Conforme o procurador, no dia do assassinato, Elizeu e Mayc invadiram a casa de Alejandro, “que culminou na morte de Flávio Rodrigues e na tentativa de homicídio de Elielton [Magno]”.

Segundo ele, Alejandro “reconheceu Elizeu, seu segurança particular, como um dos homens que se encontrava dentro da residência, mas não revelou essa identidade a ninguém e nem determinou que os invasores cessassem de imediato a conduta truculenta que resolveram adotar contra as pessoas que lá se encontravam”.

“Ora, tendo conhecimento de que seu segurança particular era um dos invasores de sua residência, Alejandro tinha total possibilidade, e dever, de impor sua vontade a fim de evitar que a situação tivesse saísse do controle, preferindo manter-se silente, indiferente e omisso em relação à violência praticada em sua residência, passando, assim, a compactuar com todos os atos criminosos praticados por Elizeu e Mayc”, afirmou Carlos Ferreira.

Para Carlos Lélio Ferreira “a conduta omissiva de Alejandro criou o risco do resultado das condutas criminosas de Elizeu e Mayc”. Por isso, ele deve ser pronunciado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

Em relação a Paola, que foi denunciada pela prática do crime de fraude processual, Carlos Ferreira sustenta que, no dia do assassinato, ela “limpou as manchas de sangue” no chão da casa de Alejandro, na tenta a de atrapalhar as investigações do caso.

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