Amazonas – O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deu um banho de água fria nos amazonenses em visita a Manaus na manhã desta segunda-feira, 11/01.  Esperava-se o anúncio da data de vacinação contra a Covid-19 no Estado, mas ele contrariou a expectativa da população e até mesmo de alguns políticos que esperavam que a imunização iniciasse pelo Amazonas que vive o pico da segunda onda da doença. Em quase uma hora de pronunciamento, o ministro disse que a vacinação dos brasileiros iniciará no mesmo dia em todo o país.

Pazuello esteve reunido com o governador Wilson Lima (PSC), o prefeito de Manaus David Almeida (Avante), representantes do governo federal e autoridades estaduais e municipais, no Centro Cultural Vasco Vasques (CCAA), para anunciar o Plano Estratégico de Enfrentamento da Covid-19 no Amazonas, que não trouxe nenhuma novidade.

Mesmo com números alarmantes de infectados e de óbitos pela doença no Amazonas, o ministro Pazuello descartou qualquer possibilidade de priorizar o Estado na imunização da doença. Em seu discurso ele foi categórico. “Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D na hora H, no Brasil”, frisou.

Sem data

Nenhuma data foi dada para iniciação da vacina, na programação do ministério da saúde apenas especulações em curto, médio e longo prazo. De acordo com o que foi divulgado a expectativa é que em curto prazo vacinação aconteça até 20 de janeiro, em médio de 20 de janeiro a 10 de fevereiro e o período mais longo de 10 de fevereiro a começo de março.

Mesmo com a negativa do ministro, o governador Wilson Lima insistiu pela prioridade. “Eu faço um apelo ao senhor e a sua equipe para que o Estado do Amazonas neste primeiro momento possa ter uma prioridade no sentido de receber a maior quantidade possível de doses para que a gente possa sobretudo vacinar aquelas pessoas em condição de vulnerabilidade os indígenas, os profissionais de saúde os idosos que estão no interior e naquelas comunidades mais distante, isso é decisivo para que a gente possa preservar a vida dessas pessoas”, solicitou o governador.

Pazuello apenas informou que cada estado levará em consideração suas dificuldades logísticas. “O plano logístico é individualizado por estado, cada estado tem o seu plano específico, com datas diferentes, com meios de transporte diferentes”, disse.

Segundo o ministro, até agora foram negociadas 354 milhões de doses de Instituições como Ficoruz e Butantan. A Fiocruz está incorporando a tecnologia da Astrazeneca, de Oxford,  210 milhões de doses da vacinas serão aplicadas até o fim do ano. Segundo Pazuello, o Butantan tem 6 milhões de doses para iniciar a vacinação em 20 de janeiro.

O ministro ainda detalhou interesse em vacinas fabricadas em outros países como Jansen, Moderna e Pfizer.

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