O Amazonas alcançou, em 2019, a maior taxa de cura de hanseníase dos últimos 30 anos, com 92,2% de pacientes recuperados da doença. O índice inédito foi divulgado pelo Ministério da Saúde, que apresentou os indicadores de hanseníase 2019 de todas as unidades da federação. O resultado reflete a atuação do Governo do Estado, por meio da Fundação Alfredo da Matta (Fuam), responsável pelo Programa de Combate à Hanseníase, que tem intensificado o monitoramento e as ações do programa ao longo dos últimos anos.

“Um dos principais indicadores para monitoramento da hanseníase é o percentual de cura; nos últimos anos o Estado do Amazonas vem tendo uma melhora significativa deste indicador e no ano de 2019, o Estado alcançou o seu melhor índice que foi de 92,2% de cura dos pacientes diagnosticados, sendo esse o maior percentual de cura do Brasil”, explica o gerente de Epidemiologia da Fuam, Jamile Júnior.

A Fuam monitora o percentual de cura nas coortes, ou seja, em grupos de pacientes em tratamento por determinado período. Desde 1990, esta é a primeira vez que o Amazonas alcança este índice, sendo classificado com o conceito “Bom”, segundo parâmetros do Ministério da Saúde, em escala que inicia com o conceito “Precário”, para índices de cura abaixo de 75%; seguido por “Regular”, para taxas de cura entre 75 e 89,9%; e finalmente “Bom”, para os que atingem percentuais acima de 90% na cura dos pacientes.

A melhoria do indicador se deve a uma série de medidas de monitoramento dos casos de hanseníase diagnosticados em todo o estado, abrangendo ações como o acompanhamento rigoroso dos pacientes em tratamento e os testes em contatos de pacientes, ou seja, o monitoramento também daqueles que mantém contato íntimo e prolongado com um paciente de hanseníase em tratamento, normalmente seus familiares.

“Para que a taxa de cura de pacientes se eleve, o monitoramento de pacientes precisa funcionar. Por isso, o fortalecimento das parcerias com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa-Manaus) e também com as secretarias de saúde municipais tem sido essencial, pois elas vêm realizando um trabalho muito importante de visitas aos pacientes, evitando o abandono do tratamento, resgatando pacientes faltosos e auxiliando no monitoramento dos contatos”, explica Jamile Júnior.

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