MANAUS – Uma noite de pagode acabou em duas mortes em Manaus. Entre as vítimas estão o sargento da Marinha do Brasil, Osmar Caetano de Lima (41 anos) e Fagner Fernandes da Silva (29 anos) – que não tinha envolvimento com a situação. O crime ocorreu na madrugada de domingo (20), na rua 77, bairro Cidade Nova, zona norte da capital amazonense.

Informações dão conta que Osmar estava no pagode acompanhado da ex-mulher, Julielle Freitas Veras (23 anos) e a atual namorada, que não foi identificada. Em dado momento, o militar discutiu com os organizadores do pagode e foi expulso do local junto com suas companheiras.

Inconformado e depois de já ter tomado todas, ele foi até seu veículo, pegou uma arma e efetuou diversos disparos para o alto e no chão, na tentativa de intimidar os presentes. Em seguida, um homem não identificado se aproximou do carro e crivou a dianteira de balas. Não satisfeito, foi até a porta do motorista e acertou o sargento com um tiro na cabeça e empreitou fuga em uma motocicleta.

Segundo a polícia, a ex-mulher do militar teria pego a arma que estava com ele e atirou em direção ao bar em que estavam. Um dos tiros atingiu Fagner Fernandes Silva, que não tinha envolvimento na discussão. Ele foi socorrido, mas acabou morrendo no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo. A suspeita de atirar contra o bar foi presa.

Audiência de Custódia

Após matar um inocente, Julielle alegou que agiu em legítima defesa durante seu depoimento. Afirmou que agiu da forma relatada por conta da morte de Osmar.

“Ela alegou que agiu em legítima defesa, que acabou atirando tentando acertar o autor do homicídio do seu ex-marido. Mas nessa bala perdida, acabou acertando o jovem”, explicou o delegado Paulo Benelli, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

Em nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), disse em nota que Julielle responderá em liberdade pelo homicídio de Fagner, mas terá que cumprir medidas cautelares como comparecimento trimestral em juízo para informar e justificar as atividades, além de estar proibida de sair de Manaus, sem aviso prévio à Justiça e também, de sair da sua residência entre 22h às 6h.

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