Manaus – O ex-governador do Amazonas José Melo, solto na manhã da última quarta-feira (27), acusado de participar de uma organização criminosa responsável por desviar R$ 110 milhões da saúde do Amazonas, estaria em estado de depressão profunda e não estava se alimentado direito, segundo fontes ligadas ao político.

No entanto, um amigo de Melo informou que no dia da sua prisão ele teve uma crise de claustrofobia após passar quase 24 horas em uma sala nas dependências da sede da Polícia Federal.

Foto; Reprodução

Após foto do ex-governador do Amazonas José Melo, na triagem do CDPM 2 (Centro de Detenção Provisória Masculino- 2) ser vazada em grupos de WhatsApp no dia 21/12 quando ele foi preso pela Polícia Federal na Operação Custo Político.

O juiz federal Ricardo Sales, intimou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Bosco Saraiva, para investigar os responsáveis pelo vazamento da foto. Inclusive, esse foi um dos fatores que ajudaram na ‘soltura’ do ex-governador cassado. Tal procedimento violou os direitos do ex-governador, conforme a Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF).

O vice governador e secretário de segurança, Bosco Saraiva (Solidariedade), em investigação, descobriu quem vazou  o conteúdo. Segundo a Seap, a foto foi vazada por dois membros da Umanizzare (empresa que administra presídios do Amazonas).

De acordo com a nota, a Seap afirma que “seguiu o que determina a 11ª Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), que limita o uso de algemas a casos excepcionais, que define que só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou perigo à integridade  física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros”. 

Na nota, a secretaria diz que a providência foi tomada “para resguardar a vida e garantir a segurança do ex-governador, que apresentava sinais de depressão, o que preocupou os agentes da Seap que tentaram evitar que José Melo cometesse uma autolesão, atentar contra a sua própria vida ou contra a integridade física de membros da equipe escolta”.

Confira a nota distribuída para imprensa pela Seap neste sábado (30).

Amigos do ex-governador cassado, dizem que ele se sentiu humilhado.

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