AMAZONAS – O presidente do boi-bumbá Garantido, Antônio Andrade, ameaçou, por meio de ofício, não colocar o boi na disputa do 56º Festival Folclórico de Parintins. As informações são da BNC Amazonas.

No ofício, endereçado ao secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, o dirigente diz que “a diretoria precisou tomar duas decisões imediatas”:

  • Realizar a apresentação no Festival Folclórico de Parintins 2023 com sérias dificuldades de naturezas diversas, principalmente financeiras;
  • Efetivar o pagamento de todos os recursos humanos envolvidos na construção do Boi 2023.

E diz ainda que “somente uma dessas opções poderia ser tomada, dada a escassez pecuniária atual”.

No ofício, Andrade afirma que a diretoria do boi vermelho e branco foi obrigada a tomar tal decisão para evitar “colapso, calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social”, não somente no Boi Garantido, mas em Parintins como um todo.

Por fim, Andrade dá um ultimato de 24 horas para o governo.

Confira na íntegra:

Cadê o dinheiro?

Se o Boi Garantido não for colocado na disputa, a decisão de Antônio Andrade significará calote contra os sócios, torcedores e patrocinadores públicos e privados do Festival de Parintins.

Somente em 2023, o Boi Garantido recebeu R$ 13,6 milhões, divididos em:

  • R$ 5 milhões do Governo do Amazonas
  • R$ 4.5 milhões em Patrocínios
  • R$ 1.250 milhão da Coca-Cola
  • 2.9 milhões da Bilheteria

Cabe destacar que a mesma cifra foi destinada ao Boi Caprichoso, que não apresentou nenhuma dificuldade para ir à disputa.

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