Flávio Tolezani, intérprete do pedófilo Vinícius, em O Outro Lado do Paraíso, diz ser aflitivo dar vida a um abusador de crianças. “É um negócio extremamente dolorido. Vale pela denúncia, pelo alerta”, disse em entrevista ao Uol. O ator, que é pai de uma menina de 13 anos, afirma que abordar a questão dos abusos sexuais em crianças, cometidos por familiares, vai alem da polêmica.

De acordo com Tolezani, mais que agregar à carreira, o personagem causou uma transformação em si mesmo. “Mexeu muito comigo. Ser pai é tão difícil. Na idade em que a minha filha está, ter de trabalhar esse tema me fez refletir, mudar, ver a necessidade de falar sobre isso”, conta.

Antes das primeiras cenas irem ao ar, o intérprete lembra que chamou sua filha para uma conversa para orientá-la sobre possíveis comentários, e também alertá-la para os perigos reais da sociedade. “Seria bom se todo mundo fosse bacana na sociedade, mas a gente não tem o domínio de nada, muito menos de uma pessoa que tem mentalidade distorcida”, acredita Flávio, que diz receber mensagens de mulheres vítimas de abusos na adolescência.

Punição próxima

Flávio Tolezani, intérprete do pedófilo Vinícius, em O Outro Lado do Paraíso, diz ser aflitivo dar vida a um abusador de crianças. “É um negócio extremamente dolorido. Vale pela denúncia, pelo alerta”, disse em entrevista ao Uol. O ator, que é pai de uma menina de 13 anos, afirma que abordar a questão dos abusos sexuais em crianças, cometidos por familiares, vai alem da polêmica.

De acordo com Tolezani, mais que agregar à carreira, o personagem causou uma transformação em si mesmo. “Mexeu muito comigo. Ser pai é tão difícil. Na idade em que a minha filha está, ter de trabalhar esse tema me fez refletir, mudar, ver a necessidade de falar sobre isso”, conta.

Antes das primeiras cenas irem ao ar, o intérprete lembra que chamou sua filha para uma conversa para orientá-la sobre possíveis comentários, e também alertá-la para os perigos reais da sociedade. “Seria bom se todo mundo fosse bacana na sociedade, mas a gente não tem o domínio de nada, muito menos de uma pessoa que tem mentalidade distorcida”, acredita Flávio, que diz receber mensagens de mulheres vítimas de abusos na adolescência.

Punição próxima

Na trama, o desfecho do delegado está perto do fim. Inspirado no serial killer Ted Bundy, a cena em que Vinícius vai ao ar no fim de fevereiro. O marido de Lorena, vivida pela atriz Sandra Corveloni, morre assim que seus crimes vêm à tona.”No mundo real, ele teria que ser punido. A prisão é o que tem de acontecer, mas esse cara não tinha mais função na trama depois disso. Tem que morrer, até porque as pessoas criarão nojo dele”, opina.

A última aparição do padrasto na novela está prevista 1º de março. A cena será uma sessão de regressão de Laura (Bella Piero), quando a jovem relembra momentos angústiantes da violência que sofreu. Para o autor do folhetim, Walcyr Carrasco, é uma pena não manter o ator no elenco. “Fez um maravilhoso Vinícius, foi um desenvolvimento de personagem sensacional, o que contraditoriamente torna impossível sua continuação na história. Quem o perdoaria depois do que fez?”, questiona.

Para compor o complexo personagem, o ator teve de realizar um longo trabalho de pesquisa. Casos reais de pedofilia que envolvem parentes serviram de conteúdo para a compor a psicopatia do delegado. “Fui atrás de muita coisa. O psicopata que deu origem, serviu de inspiração, para o filme Silêncio dos Inocentes [1991], eu o estudei muito. Vinícius não é um matador em série, mas tirei elementos dele porque esse cara comete abusos em série, é vaidoso, gosta de conquistar pessoas”.

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