MANAUS – Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) apresentados nesta sexta-feira (11/09), durante reunião com os poderes e representantes de classe, Manaus apresentou, na última semana, aumento de 2% nos casos do novo coronavírus (Covid-19). Esse crescimento foi identificado, principalmente, entre pessoas das classes A e B, conforme levantamento apresentado pela diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto.

“Estamos tendo aumento de casos pontuais em aglomerados, principalmente nas classes A e B. Caso nós não tomemos as precauções devidas, podemos sim voltar a ter um crescimento do número de casos (em toda a população). Todos os locais que oferecem riscos para as pessoas precisam continuar aderindo aos protocolos”, alertou Rosemary Pinto.

Ela também reforçou a importância de não se abandonar as medidas de proteção que evitam a proliferação do vírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social. “É importante lembrar que os locais onde as pessoas ficam mais expostas e vulneráveis é onde tiram as máscaras para comer e beber. Restaurantes, bares, festas, locais de lazer como balneários, facilitam a transmissão do vírus”, enfatizou a diretora-presidente da FVS.

O estudo evidenciou ainda, em análise da incidência do coronavírus por bairro, em Manaus, entre as semanas epidemiológicas 32 e 37, um crescimento no número de casos em bairros como Ponta Negra e Adrianópolis, em sua maioria habitado por pessoas com maior poder aquisitivo.

Internações – A avaliação do cenário epidemiológico do Amazonas também mostra que há aumento de casos e internações em pacientes das classes mais abastadas. A variação da taxa de ocupação de leitos de UTI, nos últimos 14 dias, é de 11% na rede pública e de 19% na rede privada de saúde.

A diferença é ainda maior em relação à ocupação de leitos clínicos, onde a variação é de 14% nas unidades públicas de saúde; e de 67% na rede particular, nas últimas duas semanas.

Fiscalização – A diretora-presidente da FVS ressaltou que uma força-tarefa tem atuado nos locais destinados ao lazer e recreação, onde têm sido registradas as maiores aglomerações.

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