O auxílio emergencial poderá ser pago retroativamente para pais solteiros. Isso porque o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro que liberava o pagamento de R$ 1.200 apenas para famílias chefiadas por mulheres. Caso se concretize, o depósito pagaria R$ 3.000.

A decisão, no entanto, causa confusão em juristas especializados no assunto. Ao mesmo tempo, o governo não confirma que vai pagar, e a possibilidade segue em aberto .

Os pais solteiros que receberam R$ 600, teriam, na verdade, direito a R$ 1.200. Somando a diferença nas parcelas dos cinco meses, o valor total fica em R$ 3.000.

Se for pago, as parcelas para famílias monoparentais ficaram assim:

  • Auxílio emergencial 2020: Cinco parcelas de R$ 1.200, para homem ou mulher
  • Auxílio extensão 2020: Até quatro parcelas de R$ 600, apenas para mulher
  • Auxílio emergencial 2021: Quatro parcelas de R$ 375, apenas para mulher

Os efeitos da decisão podem afetar o pagamento do benefício em 2021. A Defensoria Pública da União (DPU) afirmou que “já encaminhou ofício ao Ministério da Cidadania com solicitação de esclarecimentos” sobre os depósitos desse ano.

Para a advogada Marilene Matos, professora de direito constitucional e administrativo ouvida pelo UOL, a situação não tem precedentes. “Ficou uma situação totalmente atípica. A derrubada do veto não retroage. A parte vetada não chegou a integrar o mundo jurídico”, diz.

Em 1º de junho, o Congresso derrubou o veto, e a lei foi modificada para garantir o pagamento em dobro aos homens também, porém ainda não existe um decreto que detalhe como ficaria a situação.

Créditos: Portal IG

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