Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, nesta sexta-feira (9), que o auxílio emergencial “não é para sempre”. A declaração ocorreu durante solenidade da apresentação do Programa Abrace o Marajó, em Breves, na Ilha do Marajó (PA).

“O auxílio emergencial não é para sempre, tenho isso na cabeça. Até porque, é caro demais para a União”, ressaltou.

Bolsonaro também repetiu críticas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu a prefeitos e governadores o poder de decisão de medidas restritivas em meio à pandemia da covid-19.

“Sabemos os efeitos dessa pandemia. Lamentavelmente, alguns obrigaram vocês a ficarem em casa. Eu não tive participação disso, graças a uma decisão do STF, mas fizemos todo o possível para minimizar o sofrimento e a dor dos mais humildes”, afirmou.

O Brasil é um dos países que mais sofrem com a pandemia. Os casos de covid-19 do início da pandemia até hoje totalizaram 5.028.444 casos confirmados e 148.957 brasileiros mortos. Até a última quarta-feira (7), o painel do Ministério da Saúde marcava 5.000.694 casos acumulados. Sem as medidas impostas, os números seriam piores.

O chefe do Executivo, no entanto, ainda não conseguiu encontrar uma saída para custear e tirar do papel o Renda Cidadã, que visa substituir o Bolsa Família. O presidente e sua equipe correm contra o tempo para conseguir um programa que dê continuidade à ajuda aos mais vulneráveis, já que o auxílio emergencial termina em dezembro.

“Acredito eu que, com as medidas que foram tomadas ao longo desses sete meses que começou a pandemia, brevemente estaremos de volta à normalidade. Nós, juntos, vamos sair muito melhor dessa para uma outra muito, mas muito melhor”, frisou. Conforme mencionado acima, tais medidas foram tomadas por governantes estaduais.

Mais cedo, na Ilha do Marajó, Bolsonaro visitou uma agência-barco da Caixa Econômica Federal. Sem máscara e sem protocolos de distanciamento, Bolsonaro esteve ao lado do presidente do banco, Pedro Guimarães, também sem o item de segurança, o mandatário virou “atendente” da agência por alguns minutos e interagiu com moradores locais.

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