
Uma análise preliminar da inteligência dos EUA concluiu que os ataques realizados no fim de semana contra três instalações nucleares do Irã não conseguiram destruir os principais componentes do programa atômico iraniano, causando apenas um atraso estimado de alguns meses. A informação foi divulgada pela CNN nesta terça-feira (24), com base em fontes próximas à avaliação.
Os bombardeios, autorizados após dias de discussões internas, tiveram como alvos as instalações de Fordow, Natanz e um terceiro local estratégico. O ex-presidente Donald Trump declarou que as estruturas de enriquecimento de urânio teriam sido “totalmente destruídas”, afirmativa que tem reiterado desde então.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, embora mais de uma dezena de bombas tenham sido lançadas sobre as áreas atingidas, parte significativa das centrífugas e do urânio altamente enriquecido permaneceu intacta. O estoque nuclear iraniano, inclusive, não teria sido eliminado, de acordo com duas pessoas envolvidas na análise.
O relatório foi elaborado pela Agência de Inteligência da Defesa (DIA), órgão ligado ao Pentágono, com base em uma avaliação de danos conduzida pelo Comando Central dos EUA logo após os ataques.
Em reportagem paralela, o New York Times afirmou que o impacto das ofensivas deve representar um revés inferior a seis meses no avanço do programa nuclear iraniano.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, contestou a reportagem da CNN em publicação nas redes sociais, afirmando que a chamada avaliação é “completamente imprecisa” e que o conteúdo divulgado era classificado como “ultrassecreto”.