
Manaus – A Justiça do Amazonas determinou nesta segunda-feira (16) a soltura de Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, acusado de agredir o sambista Paulo Juvêncio de Melo Israel, o “Paulo Onça”, após uma briga de trânsito em dezembro de 2024. O artista faleceu em maio deste ano, após cinco meses internado.
A decisão judicial substitui a prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo uso de tornozeleira eletrônica por 200 dias, comparecimento mensal ao Juízo e participação no projeto Reeducar por sete meses. Bacana também está proibido de se aproximar ou manter contato com os familiares da vítima, e não poderá deixar Manaus sem autorização judicial.
O juiz responsável pelo caso destacou que o acusado é réu primário, possui endereço fixo, profissão lícita e estava preso há mais de seis meses. “Não observo qualquer argumento concretamente avaliado a permitir a manutenção da prisão preventiva, que é essencialmente cautelar e temporária, não representando antecipação de pena definitiva”, diz trecho da decisão.
A Justiça alertou que o descumprimento de qualquer medida imposta resultará na decretação de nova prisão preventiva.
O caso ganhou repercussão após imagens de câmeras de segurança mostrarem o momento do acidente e da agressão, ocorrida na rua Major Gabriel, no bairro Praça 14, zona sul da capital. Paulo Onça avançou um sinal vermelho e colidiu com o carro de Bacana. Em seguida, o acusado desce do veículo e agride o cantor até ele cair no chão, enquanto uma mulher tenta conter as agressões, sem sucesso.
Paulo Onça foi socorrido e levado ao Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na zona leste da cidade. Apesar de ter passado por procedimentos cirúrgicos, ele não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 26 de maio, aos 63 anos.
Considerado um ícone do samba amazonense, Paulo Onça deixa um legado de contribuição à cultura local e foi homenageado por artistas e admiradores da música popular brasileira.