BRASIL – A campanha de Jair Bolsonaro optou por blindar a divulgação antecipada de suas agendas. A estratégia se deve por dois motivos. Primeiro, para evitar contramanifestações de adversários. Segundo, porque chegou ao comitê a informação de que petistas têm se mobilizado para monitorar in loco suas agendas e verificar se elas interferem na legislação eleitoral.

Diante disso, o QG de Bolsonaro tem optado neste início da campanha oficial por divulgar as agendas com pouco tempo de antecedência. A informação no entorno do presidente é de que a área jurídica da campanha do ex-presidente Lula tem monitorado as agendas para verificar se há infração a legislação eleitoral.

Procurado, o advogado da campanha de Lula, Eugenio Aragão, confirmou por meio de sua assessoria haver monitoramento das agendas de Bolsonaro.

A legislação eleitoral veda algumas ações para os ocupantes de cargos no Executivo que são candidatos à reeleição, mas segundo advogados eleitorais, ouvidos pela CNN Brasil, a linha de identificação entre uma e outra é muito tênue e subjetiva.

Não é permitido por exemplo que ele use estrutura de estado para fazer campanha, mas ele pode se deslocar para um município e cumprir uma agenda oficial e outra de candidato. Mas segundo essas fontes, é justamente por não haver muita clareza desses limites que campanhas adversárias por vezes costumam monitorar agendas de governantes para evitar que haja abuso de poder político e econômico durante a campanha.

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