Brasil – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade ao falar, novamente, sobre o seu veto ao projeto aprovado no congresso sobre o tema.

“Não sabia, a mulher começou a menstruar no meu governo. No governo do PT não menstruava, no do PSDB não menstruava também. O cara apresenta um projeto, mas não apresenta fonte de recurso. Se eu sanciono, se não tiver de onde vem o recurso, é crime de responsabilidade (…) Se o PT voltar as mulheres vão deixar de menstruar e está tudo resolvido”, ironizou Bolsonaro, em tom de deboche.

A falta de fonte de recurso para implementação do projeto consta no PL aprovado no Congresso.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) já afirmou que é mentira a falta de informações sobre a fonte de custeio ou medida compensatória no projeto.

Segundo a deputada, no relatório final do projeto, o texto cita diversas possibilidades para custear a distribuição dos absorventes: O Fundo Penitenciário, o Sistema Único de Saúde (SUS), além de autorização para que as secretarias de Educação usem recursos para a compra dos produtos de higiene feminina.

A pobreza menstrual no Brasil é um grave problema. O Relatório da UNFPA e UNICEF, feito este ano, intitulado: ”Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, aponta que mais de 4 milhões de jovens não têm itens básicos de higiene nas escolas quando estão menstruadas e 713 mil delas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa.

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