Brasília – O presidente Jair Bolsonaro minimizou o recorde de desmatamento e queimadas na Amazônia e os impactos negativos na imagem do Brasil no cenário internacional. Na live desta quinta-feira (16), ele negou a devastação da floresta por atos criminosos, documentada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e usou explicações inusitadas.

“É mentira isso aí. A floresta nossa é úmida. Não pega fogo”, afirmou o presidente. “Pega fogo ali na periferia. E a maioria é o indígena, é o caboclo”, completou.

Bolsonaro também recorreu a duas de suas táticas costumeiras: atacar a impressa e levantar teorias de conspiração. Sem oferecer provas, afirmou que “pessoas com influência na mídia” publicam sobre queimadas e desmatamento. Segundo ele, essas informações são replicadas por jornais estrangeiros e “depois esse material é usado pela mesma mídia para atacar o governo aqui, como se fosse um descoberta dos europeus”. “Até impeachment pedem, tudo é motivo”, disse.

Bolsonaro afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que teve o seu afastamento solicitado pelo Ministério Público, fica porque é “excepcional”. Segundo o MP, Salles atua para desmontar os mecanismos de proteção ambiental no país.

“Antes tínhamos ministros ambientais xiitas”, disse o presidente, criticando nomes como Marina Silva e Carlos Minc.

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