O presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços durante seu pronunciamento em rede nacional de rádio e TV nesta quarta-feira, 2. Os protestos, que ocorreram sob os gritos de “Fora Bolsonaro” e “Bolsonaro Genocida”, foram registrados em locais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Em São Paulo, manifestantes bateram panela em bairros como Santa Cecília, Vila Mariana, Sumarezinho, Vila Madalena, Alto de Pinheiros, Pompeia, Barra Funda, Saúde, Jardins, Moema e Higienópolis. No Rio, moradores da Barra da Tijuca, de Copabacana e do Jardim Botânico também protestaram.

Já em Brasília, moradores da Asa Norte gritaram “fascista” e “fora Bolsonaro” durante e depois do pronunciamento.

No momento do pronunciamento, as hashtags #panelaço e #ForaBolsonaroGenocida ficaram nos assuntos mais comentados do Twitter.

Bolsonaro enfrenta nesta quarta-feira, 2, um cenário de maior desgaste do que o de seu último pronunciamento, no dia 23 de março. Na CPI da Covid, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) já sinalizou que há provas suficientes para comprovar que o governo não quis comprar vacinas para enfrentar a pandemia no País. Por outro lado, o presidente também tem visto sua popularidade cair nas últimas pesquisas. Em maio, segundo o Datafolha, a aprovação do mandatário recuou seis pontos e chegou a 24%, pior marca do mandato.

A realização de atos em pelo menos 170 cidades brasileiras também somam à conjuntura de maior preocupação para o governo. Além de críticas à condução federal na pandemia, manifestantes pediram a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 e a vacinação em massa da população. O País tem, até agora, apenas 21,58% da população vacinada com a primeira dose contra a covid-19.

Em março, Bolsonaro recuou do tom negacionista e prometeu vacinas aos brasileiros. Naquele dia, o Brasil tinha 298.843 mortos. Hoje já são mais de 465 mil.

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