O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (19/8) que o auxílio emergencial, benefício pago a trabalhadores informais afetados pela pandemia do coronavírus, poderá ser prorrogado até dezembro deste ano, porém com um valor menor do que os atuais R$ 600.

A declaração foi feita durante cerimônia para sancionar medidas que facilitam acesso ao crédito para empresas impactadas pela crise decorrente da pandemia.

De acordo com o presidente, o governo busca um “meio-termo” para estender o benefício e que, nos moldes atuais, o auxílio “pesa muito para a União”.

“R$ 600 pesa muito para a União. Não é dinheiro do povo, porque não está guardado. É endividamento. E se o país endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então, R$ 600 é muito”, disse Bolsonaro.

“O Paulo Guedes ou alguém falou da Economia em R$ 200. Eu acho que é pouco. Mas dá para chegar num meio-termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que nós consigamos sair dessa situação fazendo com que os empregos formais e informais voltem à normalidade”, acrescentou.

De acordo com o chefe do Executivo, a prorrogação do auxílio emergencial foi discutida durante encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na manhã desta quarta. Segundo Bolsonaro, o governo está “em fase final” da discussão da proposta.

Na cerimônia, o ministro Paulo Guedes afirmou que a equipe econômica estuda meios de prorrogar o benefício.

“Estamos estudando isso. O presidente estava hoje nos instruindo, exatamente, para lançar esta camada de preservação aí para frente. Evidentemente, não há recurso para pagar os R$ 600, mas o presidente disse: ‘Olha, vamos tentar fazer o máximo possível, dentro dos recursos que temos, para ir esticando isso’”, declarou o ministro.

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