Indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado e vínculos com militares que planejavam assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou desconhecer qualquer conspiração nesse sentido.

“Na Presidência, havia cerca de 3.000 pessoas naquele prédio. Se alguém cria qualquer plano, o que eu tenho a ver com isso? Discutir comigo um plano para matar alguém, isso nunca aconteceu”, disse Bolsonaro em entrevista à Veja, publicada nesta sexta-feira (22). Ele também negou compactuar com tentativas de golpe: “Jamais apoiaria um plano golpista. Quando falavam comigo, era sobre estado de sítio, algo constitucional e dependente do Congresso.”

Indiciamento pela Polícia Federal

A PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de golpe, abolição do estado de direito e organização criminosa. Este é o terceiro indiciamento formal contra o ex-presidente, que também é investigado por receber joias sauditas e por fraudar certificados de vacinação contra a COVID-19.

O indiciamento é uma formalização que ocorre quando há indícios de que o investigado cometeu algum crime, com base em evidências coletadas pela polícia. O relatório é enviado ao Ministério Público, que avalia se apresenta denúncia à Justiça. Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia, Bolsonaro e outros indiciados se tornarão réus, abrindo caminho para um processo criminal que pode resultar em condenação ou absolvição.

Artigo anteriorPetrobras anuncia R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários
Próximo artigoAdvogada e comparsa são presos com 10 kg de cocaína em Manaus