Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, onde falou sobre BC, eleições, STF, Mministros. | Sérgio Lima/Poder360 09.out.2022| Sérgio Lima/Poder360 00.ago.2022

Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na tarde desta quarta-feira (18/10), para depor no inquérito sobre o grupo de empresários próximos do então presidente que defendiam um golpe de estado para impedir Lula na chefia do Poder Executivo.

A defesa do ex-presidente apresentou uma explicação escrita dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem atribuição para tratar do caso. Bolsonaro entregou o documento para o delegado da PF e não fez nenhuma declaração.

A existência desse grupo e o teor das mensagens trocadas entre os empresários foram revelados pela coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, em agosto do ano passado, semanas antes do primeiro turno das eleições.

Wajngarten defendeu que as conversas de Bolsonaro com os empresários foram privadas. Já o ex-presidente pontuou que a investigação tinha o objetivo de censurar apoiadores, como o empresário Luciano Hang. “Serviu para inibir outras pessoas que eram simpáticas a mim por ocasião das eleições”, afirmou Bolsonaro nesta quarta.

O ex-presidente também defendeu que não houve parcialidade no resultado da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em que ele e outras 60 pessoas foram indiciadas.

“Completamente parcial, a funcionária de Flávio Dino recebeu, com toda certeza, aquilo já pronto, e entregou. Um absurdo. Por que não me convocaram? Me indiciam sem me convocar. Eu iria lá, sem problema nenhum”, provocou Bolsonaro.

Bolsonaro enviava mensagens

Ainda em agosto do ano passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes chegou a determinar busca e apreensão nas casas dos empresários que defendiam golpe.

As investigações revelaram que um número atribuído a Bolsonaro chegou a enviar mensagem para empresários com conteúdo golpista e de desinformação.

Em agosto deste ano, o STF arquivou as investigações contra seis empresários desse grupo, mas manteve a apuração sobre os empresários Meyer Nigri, da empresa Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan.

Apoiadores de Bolsonaro realizaram uma série de atos e protestos defendo uma intervenção militar e o impedimento da posse do atual presidente Lula. O mais significativo deles foi o ato golpista de 8 de janeiro, com a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Fonte: Metrópoles

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