O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou no X, na tarde desta quarta-feira (21), sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro comparou o processo ao qual responde a um “método conhecido” aplicado em países como Venezuela, Cuba e Bolívia.

Em sua defesa, afirmou que “regimes autoritários” criam inimigos internos para justificar perseguições, censura e prisões arbitrárias.

— Fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder — escreveu.

A denúncia da PGR acusa Bolsonaro e outros envolvidos de crimes como organização criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado. As penas, somadas com agravantes, podem ultrapassar 43 anos de prisão.

Essa foi a primeira publicação direta de Bolsonaro sobre o caso, após limitar-se a repostar conteúdos de aliados ironizando o processo.

A defesa do ex-presidente classificou a denúncia como “inepta”, “precária” e “incoerente”, alegando que se baseia em um acordo de colaboração “fantasioso” do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. Segundo os advogados, após quase dois anos de investigação, “nenhum elemento que conecte minimamente o ex-presidente à narrativa construída foi encontrado”.

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