Pela primeira vez na história, uma espécie de ave considerada extinta na natureza vai voltar para casa. E é no Brasil.

Existem apenas 166 ararinhas-azuis no mundo, extinta na natureza desde 2000. Vítima da caça e do tráfico, a espécie rara foi considerada extinta na natureza no ano de 2000. Passou a existir só em cativeiro. No Brasil, são apenas 13. Duas nasceram há poucas semanas, em Minas Gerais. Foi a primeira reprodução bem-sucedida no único criadouro do país que tem ararinhas-azuis.

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes e de outras organizações vêm trabalhando para aumentar essa população e recuperar o habitat delas. Cinquenta que estão na Alemanha vão voltar para o Brasil em novembro.

Elas vão para Curaçá, na Bahia, onde foram criadas duas unidades de conservação da caatinga. É lá que as ararinhas serão soltas no futuro. Mas é preciso recuperar a natureza também. A região sofreu com o desmatamento e elas gostam de uma árvore, a caraibeira, típica da região.

Dentro da unidade está sendo construído um centro de reprodução das aves. Em 2020, as ararinhas que estiverem preparadas serão soltas e vão ser monitoradas por cientistas nesse delicado processo de reintroduzir na natureza uma espécie de ave extinta, algo que nunca foi feito antes no mundo.

“Elas estão voltando para casa. É a primeira vez em toda a história que a gente vai ter a repatriação de 50 indivíduos. É um terço do plantel, praticamente, que vai vir para o Brasil para a gente fazer todas as atividades de reprodução aqui no Brasil e reintrodução”, disse Camile Lugarini, coordenadora do Plano de Ação Ararinha/ICMBio.

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