
Na manhã de terça-feira (05), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi surpreendido por agentes da Polícia Federal em sua residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em uma operação que apura manipulação de apostas esportivas no Campeonato Brasileiro. Ele é suspeito de ter recebido um cartão amarelo intencionalmente na partida contra o Santos, em 1º de novembro, supostamente para favorecer apostadores, incluindo parentes.
Bruno Henrique estava com sua esposa, Giselle Ramalho, os filhos e funcionários no momento da abordagem e, segundo relatos, ficou profundamente abalado, chegando a chorar. Os agentes confiscaram seu computador, celular e documentos, ampliando a investigação com análise de dados pessoais. Em seguida, a PF também esteve no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, onde inspecionou o quarto do jogador, mas não fez novas apreensões.
Apesar do impacto emocional, Bruno Henrique compareceu ao Ninho para uma reunião com a diretoria e se disponibilizou para a partida contra o Cruzeiro nesta quarta-feira (06), em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro. O clube confirmou sua presença no confronto.
O atacante nega envolvimento nas acusações de manipulação de cartões e reafirma sua inocência. O caso já havia sido arquivado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após apresentação de sua defesa. A operação, conduzida em colaboração com o Ministério Público do Distrito Federal e o Gaeco/MPRJ, visa desarticular um esquema de manipulação de resultados no campeonato de 2023.
Além do Rio, a PF cumpriu outros 12 mandados de busca e apreensão em cidades de Minas Gerais, incluindo Belo Horizonte e Vespasiano, como parte de um esforço coordenado para apurar as suspeitas.