Brasil – A Polícia Federal está nas ruas, na manhã desta segunda-feira (29/1), para cumprir uma nova fase da operação que investiga o monitoramento indevido de cidadãos por meio de software da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Agora, o objetivo da PF é buscar o “núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente na Abin”.

Um dos alvos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Mandados de busca e apreensão foram autorizados para a residência e o gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão são cumpridos. Um em Angra dos Reis (RJ), cinco no Rio de Janeiro (RJ), um em Brasília (DF), um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”, diz a PF.

Na quinta-feira (25/1), a Polícia Federal deflagrou operação para investigar possível organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que era diretor da Abin no governo Bolsonaro, foi um dos alvos. Ramagem e Carlos são próximos um do outro, inclusive o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá coordenar a campanha eleitoral de Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro neste ano.
Uso indevido da Abin

Investigações da PF apontam que a instrumentalização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para interesses políticos durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro foi mais profunda do que se acreditava. As diligências revelam que foi montada uma estrutura paralela, com uso dos mecanismos da agência, para espionar opositores ou críticos da gestão anterior do Poder Executivo.

O motivo principal, segundo a PF, era beneficiar a família Bolsonaro e aliados do ex-presidente, além de criar falsas narrativas que seriam usadas contra políticos e integrantes da mais alta Corte do país — um dos objetivos era tentar ligar os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O Correio tenta contato com Carlos Bolsonaro, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Fonte: Correio Braziliense

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