Brasil – Caso seja reeleito em 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a indicar mais três ministros para o STF (Supremo Tribunal Federal) se os magistrados atuais deixarem a Corte no tempo previsto — a Constituição delimita 75 anos de idade para aposentadoria compulsória no cargo.

Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada no dia 9 de outubro, Lula terá cinco indicados no STF antes de acabar o mandato. Atualmente, ele e Dilma Rousseff – presidente responsável por nomear Barroso – seguem empatados com quatro indicações emplacadas.

Em um cenário de vitória eleitoral, o petista terá indicado a maioria dos ministros entre seus primeiros mandatos (de 2003 a 2010) e desde que retornou ao Palácio do Planalto. O próximo mandato presidencial, seja quem for o mandatário, vai de janeiro de 2027 a dezembro de 2030.

Pela previsão de aposentadoria, os próximos ministros a deixar o colegiado serão: Luiz Fux, que completa 75 anos em abril de 2028; Cármen Lúcia, em abril de 2029; e Gilmar Mendes, em dezembro de 2030.

O presidente fez quatro indicações para o STF, em lista que inclui Cármen Lúcia. Com as três indicações previstas em caso de reeleição e aposentadoria de Barroso, Lula terá escolhido oito de seus 11 integrantes. A maioria petista é um dos fatores que mobilizam parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL) a buscar o Senado para pautar o impeachment dos magistrados.

Quem indicou cada ministro para o STF

Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002;
Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006;
Dias Toffoli, indicado por Lula em 2009;
Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2011;
Rosa Weber, indicada por Dilma em 2011;
Luís Roberto Barroso, indicado por Dilma em 2013;
Edson Fachin, indicado por Dilma em 2015;
Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer (MDB) em 2017;
Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020;
André Mendonça, indicado por Bolsonaro em 2021;
Cristiano Zanin, indicado por Lula em 2023;
Flávio Dino, indicado por Lula em 2023.

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