A Brigada Militar e a Polícia Civil de Porto Alegre prenderam mais de 60 pessoas entre a noite de sábado (11) e a manhã deste domingo (12) por crimes relacionados às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Segundo as autoridades, os detidos foram flagrados realizando saques, roubos e outros crimes, aproveitando-se da situação de calamidade causada pelas inundações.

Em resposta ao aumento da criminalidade, a Brigada Militar intensificou as rondas noturnas com barcos nas áreas comerciais da capital gaúcha. As embarcações, tripuladas por agentes e voluntários, circulam pelos rios e canais da cidade desde o anoitecer até o amanhecer, buscando prevenir novos crimes e garantir a segurança da população.

Apesar da medida, a Brigada Militar enfrenta desafios na operação das embarcações. O número de agentes do batalhão ambiental é insuficiente para suprir a demanda por pilotos, necessitando da colaboração de voluntários. Além disso, os policiais não possuem treinamento específico para atuar em barcos, o que exige adaptação e improvisação.

Com o aumento da insegurança, muitos proprietários de estabelecimentos comerciais estão recorrendo à segurança privada para proteger seus bens. Durante as patrulhas, os agentes da Brigada Militar flagram frequentemente homens contratados pelas famílias para vigiar casas e lojas.

Para auxiliar nas ações de resgate e segurança dos abrigos montados no estado, a Força Nacional de Segurança Pública está sendo enviada ao Rio Grande do Sul. Segundo o governo do estado, a expectativa é que o número de agentes federais chegue a 300 na próxima semana.

A intensificação das medidas de segurança ocorre após a prisão de quatro homens suspeitos de praticar abuso sexual contra menores de idade em abrigos na região metropolitana de Porto Alegre. Em resposta aos crimes, a prefeitura da capital anunciou a criação de um abrigo exclusivo para mulheres e crianças.

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